Congresso - Acidentes de Trabalho e Rodoviários

Nos dias 28 e 29 de Fevereiro realiza-se no Centro Cultural de Belém o Congresso - Acidentes de Trabalho e Rodoviários, prevenir e reparar.

Os acidentes de trabalho são tratados no dia 28 e os rodoviários no dia seguinte. O preço de 1 dia sem almoço é de 120euros.

Podem consultar o programa em http://www.skyros-congressos.com/n_congressos.asp?id=296

Parece-me um evento mais dirigido a seguradoras mas aqui fica a sugestão.

Desejos dos colaboradores espanhóis para o novo ano

Em tempo de repartir lucros, um estudo da Adecco revela quais as gratificações mais valorizadas pelos colaboradores espanhóis.

A formação foi eleita como o aspecto mais valorizado fora da retribuição puramente monetária, por cerca de 90% dos inquiridos. As restantes preferências encontram-se no gráfico em baixo.

Os resultados foram publicados no semanário SOL a 22 de Dezembro.

Trabalho por turnos e cancro

O trabalho por turnos foi oficialmente reconhecido como causa provável de cancro segundo a International Agency for Research on Cancer (IARC), depois das evidências terem sido consideradas por um grupo de peritos.

Vários estudos revelaram que as mulheres que trabalham de noite durante muitos anos estão mais propensas ao cancro da mama. Outros sugerem que os homens que trabalham de noite podem ter uma maior taxa de cancro da próstata.

Aaron Blair, do US National Cancer Institute, refere que "o problema é reajustar o nosso relógio biológico", acrescentando que trabalhar sempre de noite é menos desregulador para o organismo do que estar constantemente a mudar de turno.

Notícia adaptada da ETUI - European Trade Union Institute

Ergonomia em slides

Ergonomia e Gestão de Design

From: robsonsantos, 5 months ago

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Apresentação feita no curso de pós-graduação em Gestão de Design, na Escola Superior de Propaganda e Marketing - RJ


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Ergonomia - banda larga real ou fictícia?

No meu estágio continuo a conduzir entrevistas a ergonomistas que estão no terreno. Uma das perguntas que costumo colocar é:

"De que sente falta para melhorar a qualidade da sua intervenção?"

As respostas vão desde o tempo disponível a pormenores relativos às ferramentas e métodos de trabalho.

Porém, ontém tive o prazer de entrevistar uma ergonomista externa que verbalizou a sensação de ter uma intervenção limitada a certos aspectos. Por exemplo, alturas, alcances, pesos a transportar, tempo de exposição.

Apesar de não ter sido verbalizado tão directamente por outros ergonomistas percebe-se que são este tipo de questões que outros profissionais querem ver esclarecidas.

É notória uma necessidade de formação assuntos ligados à engenharia ou à química para poderem ter um campo de acção mais abrangente.

A intervenção ao nível da organização do trabalho também se encontra limitada por entrar indirectamente na área de recursos humanos.

Nalgumas empresas o ergonomista cinge-se mais às doenças profissionais deixando a higiene e segurança para os técnicos.

Façam um exercício comigo. As medidas de intervenção ergonómica podem dividir-se em quatro grupos:

1. Medidas de engenharia
2. Medidas organizacionais
3. Medidas de formação e informação
4. Medidas de protecção colectiva e individual

Se apenas aplicamos medidas de engenharia muito ténues, se por vezes as medidas organizacionais estão fora do nosso alcance e se os técnicos de HST são responsáveis pela protecção colectiva e individual. Não estaremos a ter uma intervenção limitada?

Alguém tem outra visão sobre o assunto?
O que podemos fazer para superar esta restrição no campo de acção?

Filmes explosivos sobre Lesões Músculo-Esqueléticas (LME)

O ponto focal da Bélgica (Belgian Safe Work Information Center) criou 3 pequenos filmes que focam alguns factores de risco de desenvolvimento de LME:

• Movimentos repetitivos
• Posturas estáticas
• Movimentação manual de cargas

Em baixo apresento um dos filmes. Os restantes podem ser encontrados no youtube: http://www.youtube.com/beswic

Eventos e mais eventos

5th EU/USA Conference on Health and Safety and Work
7-9 Novembro, 2007. Hotel Quinta da Marinha, Cascais.
Objectivo:
· Debater tópicos relacionados com a saúde e segurança no trabalho, que devem ser desenvolvidos para aumentar a qualidade e eficiência no mercado de trabalho e a competitividade nas nossas economias.

Entrada só com convite. Site: http://eu-us.osha.europa.eu/topics_cascais_conf


3ªs Jornadas de Inovação
7- 10 Novembro. FIL, Parque das Nações, Lisboa.
Objectivos:
· Divulgar Resultados da I&D;
· Apoiar a Valorização económica dos resultados;
· Dinamizar parcerias e o estabelecimento de sinergias entre empresários, investigadores e investidores.

Nota: O laboratório de Ergonomia da Faculdade de Motricidade Humana estará representado nas jornadas.
Participação gratuita nas sessões. A entrada não sei se é gratuita. Site: http://jornadas.adi.pt/

DSAI - Software Development for Enhancing Accessibility and Fighting Info-exclusion
8-9 November, 2007. Campus de Vila Real, UTAD
Objectivos:
· Debater as novas tendências e projectos de software para populações com necessidades especiais.
· Criar sinergias entre as empresas públicas e privadas, nomeadamente entre a indústria e as universidades.
· Aumentar a consciência em relação à acessibilidade e ao combate da info-exclusão.
· Partilhar experiências e boas práticas.
· Contribuir para as iniciativas europeias de eInclusion.

Inscrição: 30euros para estudantes. Site: http://dsai2007.utad.pt/index.html


RFID Conference – The next step to the Internet of things
15-16 Novembro, Lagoas Park, Lisboa.
Objectivo principal: Aumentar a consciência em relação ao tema RFID (Radio Frequency IDentification) na União Europeia (benefícios e preocupações).

As inscrições já terminaram mas é possível assistir à conferência on-line em: http://www.rfid-outlook.pt/

Jornadas Técnicas: Instrumentação para a avaliação do ruído, vibrações, IAQ e contaminantes químicos
21 Novembro, 2007 (9h-17h). ESTeS, Lisboa.
Objectivos:
· Identificação dos vários riscos motivados pelo ruído, vibrações e agentes químicos a que os trabalhadores estão expostos.
· Aplicação de medidas de prevenção e protecção.
· Interpretação e aplicação da legislação e normalização em vigor, bem como de outros regulamentos internacionais.
· Manipulação de equipamento, realização de estudos, avaliações e realização de relatórios através do software dos equipamentos.

Inscrição gratuita. Site: http://www.eximo.com.pt/

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Se quiserem estar informados de outros eventos que surjam aconselho-vos o site Ciência PT: http://www.cienciapt.info/pt/
Se souberem de eventos nestas áreas deixem o vosso comentário. Obrigada.

Um dia na vida de uma ergonomista - Parte 1

Para cumprir os objectivos do meu estágio curricular é essencial perceber como os ergonomistas desenvolvem a sua actividade, que dificuldades encontram no dia-a-dia e de que ferramentas e indicadores necessitam.
Nesse sentido, iniciei hoje um conjunto de visitas a ergonomistas.

Aqui ficam alguns aspectos interessantes da análise do trabalho de uma ergonomista na indústria:
- O trabalho desta ergonomista é reconhecido. No decorrer do dia, observei pedidos de informação/participação/esclarecimento de: fornecedores, membros da engenharia de produção e operadores.
- Os operadores sabem queixar-se e utilizam os termos da ergonomia quando fazem alguma sugestão.
- A própria produção se encarrega de encaminhar alguns pedidos de melhoria.
- A ergonomista só se ocupa dos factores de risco de lesões músculo-esqueléticas e fadiga. Os factores psicossociais não são alvo da atenção da empresa. Outros profissionais ocupam-se das questões relacionadas com a segurança de forma mais directa.
- É necessário conhecer muito bem o processo de produção e as peças utilizadas antes de fazer uma análise no terreno. Para isso os colegas da engenharia de produção fornecem alguns dados, nomeadamente através de análises MTM (Método Tempos e Movimentos).

Se algum ergonomista quiser colaborar neste projecto deixe o seu comentário por favor.

Quem atende o telefone?

1984 The Far Side cartoon by Gary Larson.

"Um óptimo design de um ponto de vista técnico mas que não teve em consideração as necessidades e limitações dos potenciais utilizadores."

Fonte: Wilson, J. R.; Corlett, E.N. (eds)- 1995. Evaluation of Human Work: a practical ergonomics methodology. Taylor & Francis.

Colóquio Internacional sobre Segurança e Higiene Ocupacionais - SHO 2008

O SHO 2008 vai realizar-se nos dias 7 e 8 de Fevereiro de 2008 em Guimarães.

Consultem a página: http://sho2008.no.sapo.pt, o programa: http://sho2008.no.sapo.pt/3_pro.htm e o apelo a comunicações: http://sho2008.no.sapo.pt/4_com.htm.

Devem enviar um resumo (em Português ou Inglês) com um máximo de 200 palavras, indicando os autores e a instituição, ou empresa a que pertencem, bem como um endereço de e-mail para contacto posterior, até ao dia 4 de Janeiro de 2008. Caso a comunicação seja aceite, o artigo completo (máximo de 4 páginas) deverá ser enviado até ao dia 11 de Janeiro de 2008.

Novo conceito de interface

O clique é um meio difundido de interagir com os sistemas de informação uma vez que mimetiza as nossas acções no meio físico, por exemplo, quando acendemos interruptores.

Será possível interagir sem cliques?
Foi desse conceito que partiu uma equipa de investigadores, ao perceber que o espaço morto entre cliques poderia ser preenchido.
Neste momento estão a investigar até que ponto se consegue navegar na internet sem clicar. Para isso recorrem à análise dos primeiros 20segundos de interacção, à opinião dos utilizadores entre outras estatísticas.
Experimentem o link antes de prosseguir: http://www.dontclick.it/

Opinião sobre o interface
Considero o conceito bastante promissor principalmente se tiver alguma influência na diminuição de lesões músculo-esqueléticas.
Contudo detectei algumas limitações ao nível da eficiência que já reportei aos conceptores:

• Queria fazer copy/paste para trabalhar a informação no blog e não consegui por não poder clicar.
• Há estrelas verdes activáveis e não activáveis que se confundem.
• Quando escrevi o meu comentário, só consegui andar para trás no texto com o teclado;
• É frequente abrirmos secções nas quais não estamos interessados. Há utilizadores menos experientes que deixam ficar o rato em cima do botão enquanto tentam compreender o sistema o que pode dificultar a interacção.
• Será que o sistema pode ser utilizado por pessoas com deficiência visual?

Deixem os vossos comentários em relação à viabilidade do conceito.

Concepção de dispositivos médicos

Segundo Erik Swain (americano), há alguns anos atrás os factores humanos eram ignorados na indústria dos dispositivos médicos. A concepção era dominada por engenheiros e a sua principal preocupação era perceber se o dispositivo funcionava correctamente. A facilidade de utilização, a adaptação ao ritmo de trabalho dos prestadores de cuidados de saúde ou o facto da concepção induzir a erros eram factores secundários ou nem sequer tidos em conta.

No artigo são dados exemplos de alguns produtos desenhados tendo em conta princípios ergonómicos.

Irão perceber em que medida este sistema de infusão e o utensílio para biopsías têm em conta a ergonomia.

Na perspectiva do autor, o próximo passo nesta área será integrar a usabilidade com o processo de gestão do erro. A usabilidade traduz-se numa redução do erro mas nem sempre numa gestão do erro. [Aguardo comentários a esta ideia]

Será que o panorama apresentado por Erik Swain é idêntico ao europeu e português?
Segundo o Jornal de Notícias, laboratórios, faculdades e empresas do Norte do país concorreram ao programa Pólos de Competitividade e Tecnologia, do Plano Tecnológico, financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O objectivo é criar um centro tecnológico de excelência na área da Saúde que suplante a produção industrial. Uma das valências do projecto prende-se com a concepção de dispositivos médicos.

Será que está algum ergonomista incluído na equipa? Não seria uma boa oportunidade para introduzir a ergonomia na concepção nas áreas da saúde?

"O país tem poucas empresas a produzir instrumentos médicos e farmacêuticas e estão quase todas situadas entre o Porto e Penafiel. A maior, fundamental no projecto, é a Bial."

De momento estou a procurar se alguma empresa desta área tem preocupações ao nível da ergonomia. Deixo-vos um link com empresas para pesquisarem: http://www.apormed.pt/associados.htm

Fonte:http://www.devicelink.com/mddi/archive/07/10/004.html

Computadores portáteis

Ao longo dos anos que passei na faculdade fui vendo o número de utilizadores de computadores portáteis crescer. No início uma ou duas pessoas por turma tinha um. Hoje vemos as mesas da biblioteca e do bar totalmente ocupadas por eles.

Que consequências terá o uso de computadores portáteis na vida dos estudantes e de outros profissionais?
Recentemente foi feito um questionário a 649 alunos ingleses acerca do uso de computadores portáteis e dos seus efeitos (financiado pelo Stephen Pheasant Memorial Fund).
Os utilizadores sentiam dores no pescoço (21%), nos ombros (21%), nos punhos (16%), nas costas (15%) e nos olhos (11%).
Muitas das vezes os computadores eram posicionados no colo (42%), na cama (29%) e no chão (13%).

Que conselhos genéricos posso fornecer?

• Mesmo que tenha intenção de usar o portátil por pouco tempo, posiciona-lo sobre uma mesa. Corrigir a altura da mesa ou da cadeira de maneira a assentar os antebraços.
• Ao comprar um portátil certificar-se que tem espaço antes do início do teclado para assentar os punhos.
• Colocar o rato à mesma altura do teclado e junto ao utilizador evitando a flexão do ombro.
• Ao usar um computador portátil os olhos estão mais próximos do ecrã não atingindo uma distância confortável, ou seja, não permite que os músculos que movimentam os olhos possam relaxar. Poderá ser necessário ligar um teclado ao computador portátil permitindo afastar o ecrã dos olhos.
• Certificar-se que as costas estão bem apoiadas (o que é normalmente antónimo de sofá).

Este é um dos temas da ergonomia mais conhecidos pelo público em geral. Porém, espero que não pensem que os ergonomistas se limitam a dizer que postura se deve adoptar. Antes pelo contrário, os ergonomistas tentam modificar os equipamentos de trabalho (e a relação entre eles) para proporcionar uma utilização mais eficaz e benefícios para a saúde. Com os conselhos pretende-se que seja o utilizador a criar um olhar crítico sobre a organização do seu espaço de trabalho, fazendo pequenas experiências/alterações para minimizar o descomforto durante a utilização do computador portátil.

Jantar do caloiro - alterações

Convidam-se todos os estudantes, professores e amigos da ergonomia a estarem presentes em mais um fabuloso jantar ergonómico.
Vai ter lugar dia 4 de Outubro, 5ª feira, às 20h30, no restaurante Pátio da Mariquinhas, em Alcântara. O ponto de encontro é na estação de comboios de Alcântara. O prato fica a 7euros com bebida por conta de cada um. Confirmem a vossa presença com a Carla do 2º ano.

Gerações da Ergonomia e Factores Humanos

Deparei-me recentemente com um artigo sobre o passado, presente e futuro da ergonomia que vale a pena ler: Boff, K., Revolutions and shifting paradigms in human factor & ergonomics, Appl. Ergon. (2006). Simplificando as ideias do autor existem 4 gerações de ergonomia e factores humanos:

A- Construir melhores ambientes de trabalho

Geração 1 - Adaptação física: adaptação do equipamento, locais de trabalho e tarefas às capacidades e limitações humanas.

Geração 2 - Adaptação cognitiva: integrar harmoniosamente humanos, tecnologia e trabalho tendo em vista a eficiência do sistema.

B - Fazer com que o Homem consiga trabalhar melhor

Geração 3 - Adaptação neurológica: centrada nas tecnologias simbióticas que podem ampliar as capacidades humanas (físicas e cognitivas), conciliando o que as máquinas e os humanos conseguem fazer melhor. Noutras palavras, introduzir sensores bio-eléctricos de controlo neuro-muscular tanto exteriores ao organismo como implantados ("trabalhadores cyborgs").

Geração 4 - Adaptação biológica: melhoria das capacidades físicas e cognitivas a nível biológico. Centra-se nas aplicações da farmacologia, biotecnologia e genética que tentam parar, reverter ou modificar os efeitos das doenças e do envelhecimento.


Vantagens e desvantagens

"Em Portugal, cerca de 40% da totalidade da população portuguesa sofre de problemas nas costas." Imaginem que investigadores descobrem um produto/material que ao ser colocado na coluna vertebral elimina este problema?

Nos USA gastam-se 18 biliões de dólares/ano em produtividade industrial devido a sonolência no trabalho.(...) Na estrada perdem-se 12 biliões de dólares por ano. (Caldwell, 2002 cit Boff, 2006). Imaginem que tomando um comprimido ou mudando um gene este cenário muda?

Porém não sabemos se estas alterações podem ter efeitos nefastos na saúde das pessoas. Além disso existem considerações éticas a ter em mente.

Fiquem atentos ao futuro da Ergonomia.

Mais Carga Não! - Conferência

Vai decorrer em Sintra a Conferência Internacional sobre Lesões Músculo-esqueléticas nos dias 15 e 16 de Outubro.

O programa da conferência em Sintra está disponível em: http://www.igt.gov.pt/downloads/content/ProgramaLMERT.pdf
e a ficha de inscrição em: http://www.igt.gov.pt/downloads/content/FichaInscLMERT.doc

O programa geral das actividades da campanha europeia pode ser consultado em: http://pt.osha.europa.eu/news/calendarioactse2007

Mais Carga Não! - Workshop I

Dia 31 de Outubro, 4ª feira, vai realizar-se em Guimarães um workshop relacionado com lesões músculo esqueléticas.

Terá dois painéis:

• 15h15 - “Avaliação de Risco de LME – casos práticos" e
• 16h30 -"Metodologias de Avaliação de Risco e Meios de Formação e Sensibilização"

Para mais informações e inscrição (grátis) consultem: http://www.cm-guimaraes.pt/

Deixo-vos uma foto de Guimarães para aguçar o apetite.

Eco-efectivo

A minha obssessão ecológica é bem conhecidas pelos meus amigos visto até já ter posto em perigo a sua integridade física. Esta neura estende-se à leitura sobre o tema...

Aconselho-vos o livro Cradle to Cradle de W. McDonough & M. Braungart. Os autores do livro são arquitecto e químico que desde cedo se preocupam com questões ambientais. Porém, apesar darem importância à minimização da pegada ecológica a nível individual colocam a ênfase nos processos de design. Os governos estão preocupados em tornar os processos menos nocivas, menos poluição e mais reciclagem por exemplo. Mas será esse o caminho? Não será mais efectivo conceber os produtos e os sistemas pensando em todo o ciclo de vida do produto fazendo-o entrar de novo no ciclo sem perder o seu valor? É essa a proposta dos autores que vão dando vários exemplos que mostram como isso é possível.

Um dos exemplos de design eco-efectivo que considerei pertinente é o da empresa de Herman Miller, um fabricante de mobiliário de escritório. A maior parte das fábricas que conhecemos têm pouca ou nenhuma luz natural e encontram-se em locais rodeados por asfalto.


Neste caso, a empresa solicitou a ajuda de McDonough e construiram um edifício rodeado por espécies indígenas, em que os terrenos drenam a água das chuvas e dos desperdícios evitando as cheias. O edifício tem janelas a toda a volta que permitem aos operadores verem o dia e as estações do ano.

Conclusão: as taxas de retenção de pessoal foram impressionantes porque as condições de trabalho eram muito melhores do que as da concorrência.


Com este post gostava de chamar a atenção de como aspectos ligados à ecologia e ao desenvolvimento sustentável estão interligados com a ergonomia, principalmente com a saúde dos trabalhadores.

O exemplo dado refere-se a um edifício mas alterações nos produtos têm igual ou maior impacto. Imaginemos que o processo de pintura dos microondas é alterado deixando de ser utilizados químicos nocivos. O consumidor final sairá beneficiado, será possível reciclar o produto e talvez o operador deixe de necessitar de usar equipamento de protecção individual.

Sites de interesse:

http://www.usgbc.org/ - Green Building Council
http://www.hermanmiller.com/CDA/SSA/Category/0,1564,a10-c698,00.html - Secção de Ergonomia da empresa Herman Miller. Têm parcerias com institutos de investigação.

http://www.mbdc.com/index.htm - Site dos autores de Cradle to Cradle

Bodystorming

Ao pesquisar sobre design descobri uma "nova" técnica designada por bodystorming. É um tipo de brainstorming em que o participante/membro da equipa de concepção interage fisicamente com cenários e objectos reais ou imaginários. Desta interacção regista-se o comportamento do grupo, as suas acções intuitivas e como se sentem.

A grande vantagem da técnica é que se testam ideias e conceitos mais rapidamente quando se tem uma acção física ou se representa.

O bodystorming permite levar a inovação mais além, criando modelos de situações.

Na minha opinião, é exactamente esta técnica que os ergonomistas usam quando testam a usabilidade de produtos. No entanto empregamos um nome mais comum - observação. [Agora temos um nome mais fashion.]

Seria interessante que equipas de concepção utilizassem também o bodystorming no processo de concepção/gerar ideias antes dos testes com utilizadores. Fica a sugestão.

Estudantes Voluntários

De 14 a 17 de Julho de 2008, vai ter lugar em Las Vegas a 2ª Conferência Internacional de Ergonomia Aplicada.
A organização recebe voluntários e dá em troca o registo na conferência.
A pessoa que devem contactar é: John Layer, Student Volunteer Chair, email: jklayer@gmail.com, Tel: +1 812-267-5043

Podem ainda consultar o site: http://www.aei2008.org/ para obter mais informações.

Ergonomistas ajudam o Shrek

A profissão de alguns funcionários do parque temático Universal Orlando, nos EUA consiste em mascararem-se de Shrek. Apesar de parecer divertido, os trabalhadores queixavam-se de dores nos ombros, pescoço e na zona lombar. Entre Junho de 2004 e Março de 2006, os custos com acidentes e dias perdidos atingiram os 119 000€.

Uma equipa de ergonomistas detectou problemas relacionados com: o peso do disfarce, a posição corporal dentro do fato, a ventilação e a visibilidade.

O fato foi completamente remodelado: as estruturas tornaram-se mais leves, removeram-se camdas, a cabeça foi separada do resto do corpo, colocou-se ventilação na parte de trás da cabeça do ogre, entre outras modificações.

Resultado: Não voltaram a ocorrer lesões.

Esta equipa de ergonomistas foi nomeada com um prémio de excelência, na categoria de apresentação, no Ergo Cup 2007 (www.appliedergo.org/Ergocup/).

[Notícia adaptada de: http://www.ergonomics.org.uk/]