terça-feira, fevereiro 02, 2010

Movimentação de pacientes

No mês passado tive oportunidade de dar uma formação em que se aplicavam os conhecimentos de ergonomia ao contexto de apoio domiciliário.
Enquanto pesquisava encontrei dois artigos referentes à movimentação de pacientes.

O primeiro tinha como objectivo comparar as forças de compressão na coluna lombar, em várias movimentações, antes e depois da formação.
Antes da formação o panorama era o seguinte:
- As tarefas de reposicionamento na cadeira e de mudança da posição de sentado para de pé envolviam forças de compressão superiores a 3400N, o limite da NIOSH (círculos a vermelho);
- As tarefas de aproximação e de afastamento do paciente enquanto deitado relacionavam-se com menores forças de compressão (círculos tracejados a verde).
Tal como seria expectável, as tarefas com maior risco implicavam movimentos de levantamento, por oposição às relacionadas com puxar/empurrar.
Após a formação, as forças de compressão diminuíram na maioria das situações de movimentação, não existindo nenhum caso com forças de compressão superiores a 3400N.
Fonte: B. Schibye et al. / Applied Ergonomics 34 (2003) 115–123

O segundo artigo além de apresentar fluxogramas de decisão, envolvia a avaliação do risco de lesão (usando o método REBA - Rapid Entire Body Assessment), para transferências efectuadas de diferentes maneiras.
Verificou-se que, dada a amostra, as movimentações de sentado para de pé com o auxílio de um cinto estavam associadas a menores scores de risco (3,4) comparativamente com as movimentações manuais (7,4), embora a movimentação com cinto demorasse 1,3 minutos - menos 0,3 minutos que manualmente.
Os resultados da avaliação do reposicionamento sentado com: cinto, elevador, lençol e manualmente estão expostos na tabela abaixo:
Mais uma vez, o cinto revelou-se a ajuda técnica associada a menor risco de lesão e neste caso entre as mais céleres.
Fonte: S. Hignett, E. Crumpton / Applied Ergonomics 38 (2007) 7–17

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