sábado, março 12, 2016

4ª Edição do seminário ergoUX: UX e Usabilidade na Estratégia das Organizações


Na passada quinta feira decorreu a 4ª edição do seminário ergoUX na FMH. Este ano o tema foi UX e Usabilidade na Estratégia das Organizações.
As comunicações envolveram a apologia da importância da Usabilidade, a descrição de experiências empresariais, a reflexão sobre o impacto da UX nas organizações e as dificuldades sentidas para desenvolver projectos nesta área.

Inês Gonçalves trouxe a sua experiência na Novabase e Celfocus em quatro projetos, 2 como consultora e 2 internos e seus impactos qualitativos e quantitativos. São de destacar os impactos ao nível da própria estratégia de marketing dos produtos ou serviços da empresa, no tom comunicação e na diferenciação em relação à concorrência. A nível quantitativo as alterações tiveram como consequência final um aumento das vendas no caso de um projecto de retail e a diminuição do número de visitas presenciais a um serviço do estado, visto que o website começou a conseguir responder a mais desafios. De destacar foi também a menção da ferramenta facilitation maps, esquemas usados primeiramente com clientes da consultora e posteriormente internamente na própria gestão de projectos, que modificaram todo o modo de pensar da organização.

Inês Oliveira da Altice Labs partilhou a sua experiência nas áreas de inovação e usabilidade no âmbito do desenvolvimento de sistemas de gestão de redes. Focou o facto de muitas vezes se oferecerem mais funcionalidades do que aquelas que o cliente deseja no sentido de agradar, o que acaba por ter o efeito inverso. Abordou também o impacto que a sua equipa está a ter na organização ao fazer com que o seu trabalho não seja visto apenas como um embelezamento da interface, mas sim algo que toca muito mais áreas, como a arquitectura da informação. Neste momento todas as equipas de desenvolvimento incluem também alguém da área de UX e existem pedidos de ajuda avulso também frequentes.

A professora Arminda Lopes trouxe algum bom humor à conferência partilhando conceitos básicos de usabilidade e algumas experiências pessoais que denotam a importância de conhecer o utilizador final. Vimos também alguns vídeos da Universidade Técnica de Munique com quem colabora relativamente ao desenvolvimento de um sistema de ski para invisuais e de uma joelheira associada a uma app que permite acompanhar a progressão do paciente  na recuperação de uma lesão no joelho.

Sandra Moura, a coordenadora do Centro de Computação Gráfica, em Guimarães, explicou-nos como funciona o seu centro de investigação e salientou a sua relação com as empresas, que os procuram para efectuar estudos, e com a academia a quem recorre para ajudar na elaboração de alguns estudos. De destacar o comentário de que os apoios financeiros às empresas estão a ter impacto na procura dos serviços do Centro. Aproveitou também para falar um pouco nas dificuldades da área, nomeadamente no cálculo do retorno do investimento para justificar o investimento em UX.

O debate final centrou-se na partilha de ideias sobre o estado de adopção das práticas de UX nas empresas e sobre a quantificação do impacto das acções de UX, bastante reduzido pelo menos em Portugal. Também se discutiu o incentivo a participantes e a partilha de ferramentas de usabilidade entre empresas.

Para o ano há mais!

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